Monumento Histórico

Aspectos construtivos
da edificação

A construção, situada na Rua Almirante Alexandrino, esquina com a Rua São Francisco se configura como um típico sobrado urbano do século XVIII – reunindo soluções funcionais, construtivas e estéticas, representativas do período colonial da história brasileira. Tais características tradicionais, o identificam como um dos mais significativos remanescentes desta fase da arquitetura brasileira, no Estado do Rio Grande do Sul.

Construído para satisfazer as necessidades de moradia da família e, ao mesmo tempo abrigar suas atividades comerciais, o Sobrado atendeu também às exigências de ordem urbana local, que já na época, emergiam através dos “Códigos de Posturas”.

Adequando-se às características do sítio, onde está implantada sua planta funcional, desenvolve-se em três níveis altimétricos: O Pavimento Térreo, que serviu como ala comercial e de serviços, com área construída de 120,61m2; o Pavimento Intermediário, que abrigava a cozinha doméstica, com área construída de 53,13 m2 e o Pavimento Superior ou Sobrada” onde funcionava a ala residencial, com área construída de 120,61m2. Sendo a sua área construída total, 294,35 m2.

Aspectos cronológicos da ocupação do imóvel

Por solicitação do poder público municipal com o apoio de lideranças locais, o prédio foi adquirido pelo Ministério da Marinha em 29 de abril de 1954, e, posteriormente teve seu uso e ocupação transferidos para o Ministério de Educação e Cultura, através do Decreto 1.340, de 31 de agosto de 1962, destinando-se ao Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Porém, o imóvel só passou para a jurisdição da Diretoria de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional , na data de 28 de julho de 1970 (Conforme Livro de Contratos, nº 01 do Ministério da Fazenda, fls. 20 a 21, segundo F. RioPardense de Macedo, em “O Solar do Almirante”. Co- edição UFRGS - IEL). O imóvel está registrado no Ofício de Registro de Imóveis de Rio Pardo (RS), sob o n.o 11.898, Livro 3AB, fls. 60. Registro anterior n.o 382 a fls. 48 do Livro 3K.

Permanecendo sem uso durante décadas, desde a sua aquisição pelo Ministério da Marinha, a edificação sofreu desgastes diversos pela falta de obras e serviços de conservação. Neste período, a comunidade local buscou recursos para sua restauração e revitalização, com a finalidade de instalar no Sobrado, o Museu Municipal Barão de Santo Ângelo (criado pelo Ato Administrativo n.o 14, de 1o de Março de 1940 ) , que funcionava precariamente em imóvel particular.

No final da década de 70, o imóvel recebeu intervenções de conservação e restauro, com a finalidade de adequação dos seus espaços para a instalação do Museu Municipal. No ano de 1982, com as obras de restauro concluídas, o prédio passou a abrigar o Museu Municipal Barão de Santo Ângelo, através de sessão firmada entre a Prefeitura Municipal e a extinta Fundação Nacional Pró-Memória.

Desde então, e até o ano de 2016, o imóvel abrigou o Museu Municipal, cujas despesas de conservação e manutenção prediais, tarifas públicas, e custeio das atividades institucionais (exposições, acervo, atividades pedagógicas, etc.), bem como, o custeio com funcionários, foram de responsabilidade do poder público municipal de Rio Pardo.

Atualmente, o prédio encontra-se fechado, não abrigando qualquer atividade.

Em 2017 o Portal Gaz, da Gazeta do Sul, produziu uma vídeo sobre o fechamento do então Museu Barão de Santo Ângelo.

Ass. dos Amigos do Solar  |  contato@solardoalmirante.com.br